Texto: Adriana Santos
Revelações de um goleiro ao microfone atrás da trave.
O primeiro na escalação e muitas vezes o bode expiatório.
O número 1 mudou ,e não foi só de numeração.
O uniforme é mutante.
A cobrança é constante.
O humor? Depende de quem joga comigo.
E de quem está do outro lado também.
Barreira ,mais pra cá...pensando bem mais pra lá.
Não, tocou por cima e me venceu.
Mas depois foi para fora ,um pouco de sossego.
Cobrei um tiro de meta e acabei dando passe para o gol.
Festa solitária e solidária.
Ops! Bola na trave, valeu amiga.
Calma aí ,não se precipite ,gol contra.
Pênalti ,agora é só lembrar do vídeo ,não deu certo.
Bola para um lado e eu para outro.
Um belo chute e minhas mãos com luvas viram raquetes.
E eu me transformo em máquina ou herói?
Serei Super Humano ou falível?
Decisão nos pênaltis ,coração na mão pulsando em cada defesa.
Jogo de corpo, exercício da mente gritando:
-Vou pegar! Vou pegar!
Peguei, não peguei.
Sou Rei ou um fracassado?
Sou goleiro e nem todo jogo é meu dia .
Mas meu dia só aumenta meu amor jogando futebol.
Eu jogo com as mãos, com as pernas, com os olhos e até com a sorte.
26 /04 ...agora imagina se fosse placar ,26 a 4 ?
26 de Abril ,dia de lembrar do Goleiro.
Da minha Profissão.
Aquele que assume as responsabilidades.
A fechadura, o cadeado o elástico .
Seguro minha insegurança e a de todo time,
E os sentimentos de uma torcida inteira.
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