Notícias do Taekwondo


Da Redação: Adriana Santos


Olha que anúncio interessante,a CTKD comunicou que o nosso Taekwondo ganhou  (ou resgatou) dois reforços para os Jogos Olímpicos Rio 2016.
Natália foi comentarista nos Jogos Pan-Americanos de Toronto e mostrou que domina tanto a teoria quanto a prática do Taekwondo.


Carlos Fernandes(Presidente),Carlos Negrão(Técnico),Natália Falavigna(Atleta) e Alexandre Lima(Diretor Técnico) na foto de DIVULGAÇÃO.
 
 
Leia na íntegra as entrevistas de Carlos Negrão e Natália Falavigna à Assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Taekwondo.


CBTKD CONTRATA CARLOS NEGRÃO E NATÁLIA FALAVIGNA

Ele começou a praticar taekwondo em 1976 e trabalha com o esporte há 38 anos. Ela é medalhista olímpica e tentaria vaga para conquistar mais uma medalha na Rio 2016. Carlos Negrão e Natália Falavigna são os dois novos contratados pelo presidente da Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD), Carlos Fernandes, para integrar o grupo técnico da entidade que cria estratégias para a conquista de medalhas nos Jogos Olímpicos de 2016. Outras medidas e mais contratações serão anunciadas pelo dirigente nas próximas semanas.

Em entrevista, Falavigna e Negrão contam que ficaram surpresos com o convite e estão ansiosos para começar a trabalhar na equipe. E garantem: vão fazer de tudo para agregar valor ao esporte. “Pretendo que os resultados destes Jogos Olímpicos ajudem a divulgar e dar mais visibilidade ao nosso esporte. Espero que um bom resultado aumente o número de praticantes, facilite a captação de recursos e traga desenvolvimento em todos os níveis, da iniciação ao alto rendimento”, contou Negrão, que já foi atleta, é técnico e atualmente trabalha no NAR (Núcleo de Alto Rendimento), em São Paulo.

Já a atleta revela que está ansiosa para transmitir experiência. “Por todo conhecimento que adquiri, sinto a necessidade de me doar e fazer algo para um bem coletivo”, comenta a medalhista olímpica em Pequim (2008). Perguntada se ao assumir o cargo se aposenta, Natália diz que não. “Significa que momentaneamente eu não irei para os Jogos Olímpicos como atleta. Como havia me lesionado bastante acabei por não avançar no ranking e não ter tanto ritmo. Neste momento minha prioridade será ajudar a estruturar minha modalidade”, explica.

A atleta também revela que pode voltar a competir, em outro momento. “Não significa que me aposentei. Ainda estou ativa até porque não quero fazer nada de maneira brusca. Tudo aconteceu tão rápido. Vamos ver se gosto desse outro lado primeiro.” Negrão e Falavigna vão trabalhar com o diretor técnico da CBTKD, Alexandre Lima. Os técnicos Carmen Pigozzi, Fernando Madureira e Júnior Maciel permanecem na entidade.

Veja a entrevista de Carlos Negrão e Natália Falavigna

1 - Ficou surpreso (a) com o convite do Presidente?

Carlos Negrão:

Confesso que fiquei surpreso. Porque é preciso coragem e determinação para mudar realmente as coisas um ano antes dos Jogos Olímpicos.

Natália Falavigna:

Muito mesmo. Eu estava me sentindo desconectada do taekwondo... mas tinha muito a contribuir devido a tudo o que vivi dentro do meu esporte e, quando o convite veio, primeiramente senti-me honrada por saber que aquilo que construí e todo conhecimento adquirido poderá ser compartilhado com outros.

2 - Qual foi sua primeira reação?

Carlos Negrão:

Fiquei muito feliz por ser lembrado e um pouco ansioso por não saber exatamente do que se tratava. Comecei a escrever uma série de ideias que tinha e que acabei nem falando ainda.

Natália Falavigna:

A minha primeira reação foi ficar bastante surpresa mas ao mesmo tempo segura porque durante a conversa pude verificar que presidente tinha intenções muito claras e precisas do trabalho e das melhorias que quer implementar no taekwondo.

3 - Aceitou rapidamente ou pensou antes?

Carlos Negrão:

Aceitei rapidamente. Gosto de desafios, gosto de competição, e gosto do trabalho com o alto rendimento. Sei o quanto vai ser importante o resultado nos Jogos Olímpicos. O resultado vai afetar positivamente ou negativamente a todos os que trabalham e vivem do taekwondo. Como pretendo continuar trabalhando por toda a minha vida com o taekwondo, me preocupo muito com os resultados e tenho grande satisfação em dar minha colaboração.

Natália Falavigna:

Pedi para pensar. Tudo o que fiz na minha vida foi com muito amor, dedicação, profissionalismo e acima de tudo mantendo os princípios do taekwondo e valores que meus pais me ensinaram. Aceitar seria abrir mão dos Jogos Olímpicos como atleta (e realmente começar um período de transição de carreira) mas ao mesmo tempo poder contribuir para algo maior que eu mesma... e em um certo ponto da carreira o atleta sente que nada vale se for só pra ele... E neste momento, por todo conhecimento que adquiri, sinto a necessidade de me doar e fazer algo para um bem coletivo.

4 – Que legado você pretende deixar com seu trabalho?

Carlos Negrão:

Sinceramente pretendo que os resultados destes Jogos Olímpicos ajudem a divulgar e dar mais visibilidade ao nosso esporte. Espero que um bom resultado aumente o número de praticantes, facilite a captação de recursos e traga desenvolvimento em todos os níveis, da iniciação ao alto rendimento. Enfim que seja bom para todos que vivem e que praticam o taekwondo.

Natália Falavigna:

Independente da posição de participação que tenha dentro da minha modalidade (atleta, professora ou gestora) gostaria que minhas atitudes e o trabalho que gostaria de desenvolver motivassem as pessoas... que todos os taekwondistas do país, independente de dan, gub, atletas, praticantes, treinadores ou professores entendam que realmente para aperfeiçoar algo é preciso que todos se coloquem como os responsáveis, como autores da história e cuidem desse esporte pois a atitude de cada um reflete na estrutura esportiva que o taekwondo tem hoje... somos todos responsáveis e agentes de mudança!!

5 - Qual será sua primeira tarefa? Tem uma meta, um objetivo?

Carlos Negrão:

Ainda não tenho claramente porque as metas e os objetivos serão definidos em reunião com toda a comissão técnica, o que ainda não aconteceu. Acredito que a nova comissão técnica deva ter um alinhamento de ideias com o que a confederação e o COB esperam de nós, e ao mesmo tempo comprometimento com o trabalho em equipe e liderança frente aos atletas. Em termos gerais tenho algumas ideias que pretendo levar para a Confederação e mais especificamente para a Comissão, por exemplo: em 2000, classificamos uma atleta para os Jogos Olímpicos; em 2004, classificamos 3 e chegamos a duas semifinais. Em 2008 participamos com 3 atletas e tivemos uma medalha de bronze. Você vê neste período uma clara evolução. Em 2012 não fomos bem e tivemos um retrocesso, então acredito que o nosso primeiro objetivo é retomar a linha evolutiva que foi interrompida entre 2012, e podemos fazer isto. Como já temos 4 vagas asseguradas, pelo regulamento, temos a obrigação de no mínimo conseguir 2 medalhas de bronze e se tudo correr bem, fazer melhor que isto. Como a grande maioria dos praticantes, sonho com uma medalha de ouro, e embora saiba da dificuldade acredito que será possível se tivermos um bom ambiente para trabalhar e muita determinação de todos os envolvidos.

Natália Falavigna:

Junto com o colegiado definir os critérios de seleção para os jogos olímpicos e processos seletivos, e seguida definirmos os trabalhos até 2016, o que é de mais urgente neste momento já que falta só um ano para os Jogos Olímpicos de 2016.

6 - O que os atletas e o público brasileiro podem esperar com sua vinda?

Carlos Negrão:

Podem esperar um profissional mais experiente, disposto a trabalhar em grupo, sem vaidade e completamente determinado a cumprir a missão que nos for determinada.

Natália Falavigna:

Quero poder contribuir com o grupo de trabalho que se encontra hoje na Confederação, com as peças novas que se juntarão e poder dar solidez a um projeto que também não pense só no agora mas possa ser a base de um trabalho a longo prazo. Não sou o tipo de pessoa que promete milagres, mas sim emprenho, profissionalismo, dedicação e muito trabalho... pois dessa forma os resultados vem construídos passo a passo mas se tornam duradouros.

7 - Como é um trabalho novo, está ansioso (a)?

Carlos Negrão:

Sim estou ansioso. Passa todo dia pela minha cabeça que o tempo é curto, não podemos ser afoitos, mas temos que começar a trabalhar o mais rápido possível. Determinar funções, objetivos e metas e arregaçar as mangas para cumprir nossa missão. Espero que os demais membros da comissão estejam tão animados e determinados como eu estou.

Natália Falavigna:

Bastante.... não tem como não ficar mas é um ansiosa de maneira positiva. Sei que esta parte burocrática de gestão é muito mais complicada que os treinos. São muito mais fatores envolvidos e qualquer decisão afeta todo um sistema, mas sonho em poder fazer a diferença, em trazer um espírito jovem e de mudanças positivas por parte de quem viveu cada detalhe do esporte e contrariou todos os paradigmas abrindo caminho e mostrando que só porque ninguém ainda fez algo significa que é impossível.

8 - Qual a repercussão que você espera?

Carlos Negrão:

Toda e qualquer mudança causa um pouco de insegurança em quem esta numa zona de conforto, seja atletas ou dirigentes. Mas creio que a comunidade do taekwondo espera que tenhamos a coragem de mudar, de tentar sacudir e dar a volta por cima e não ficar parados esperando algo acontecer. Então acredito que a repercussão vai ser majoritariamente positiva. Pois é uma tentativa corajosa.

Natália Falavigna:

Que seja positiva... que minha presença venha pra agregar ainda mais para fortalecermos a modalidade como um todo.

9 – Está preparado (a) para o desafio?

Carlos Negrão:

Rs. Estou mais que preparado, eu me preparei a vida todo para este desafio.

Natália Falavigna:

Sim... sempre gostei de desafios. Sou uma pessoa resiliente. Não me preparei para isso somente vivendo como atleta... sempre levei em paralelo a minha carreira de atleta a formação teórica na universidade, mestrado, pós-graduação, cursos técnicos, etc. Ainda tenho muito o que aprender e ver na prática este outro lado mas é um desafio que me motiva a buscar mais conhecimento e acordar querendo vencer cada dia.

PERFIL PROFISSIONAL: CARLOS NEGRÃO

Carlos Negrão, enquanto atleta, foi bicampeão paulista, campeão brasileiro interclubes, vencedor de algumas seletivas e integrante da seleção brasileira. Em 1989, passou uma temporada na Coréia. Quando voltou resolveu encerrar a carreira de atleta e árbitro e iniciar a de técnico. Já como treinador foi tricampeão brasileiro juvenil e recebeu por três anos consecutivos o troféu de melhor técnico do Brasil. O resultado o levou a assumir a Seleção Paulista Adulta, com a qual nunca perdeu uma competição.

Na seleção paulista treinou atletas medalhistas internacionais, entre eles: André e Alyson Yamaguti, Aguinaldo Vicente, Belmiro Giordani, Carlos Costa, Carmem Carolina, Carlos Izidoro, Debora Nunes, Guilherme Mazoni, Marcio Eugênio, Marcos Gonçalves, Marcel e Marcio Wenceslau, Sergio Alberto, entre outros. Durante 12 anos foi técnico da Seleção Brasileira e conquistou os seguintes títulos:
1995 à 1997:
· Duas medalhas no Campeonato Mundial de 95, com uma equipe incompleta;
· Nove medalhas em 2 Copas do Mundo;
· Campeão Sul Americano com 7 medalhas de ouro em 8 categorias masculinas;
· Troféu de melhor técnico sul americano.

1998 à 2000:
· Campeão do Quadrangular Latino Americano no México (Argentina, Brasil, Espanha e México);
· Classificação no Pré-Olímpico da primeira atleta brasileira para os Jogos Olímpicos;
· participação como técnico e chefe da equipe nos Jogos Olímpicos de Sidney.

2001 à 2004:
· Diplomado no curso de técnico internacional da WTF;
· Medalhas internacionais e atuação como técnico principal na seletiva olímpica que classificou três atletas brasileiros para os Jogos Olímpicos de 2004, na Grécia.

2005 à 2008:
· Técnico que mais venceu e recebeu premiação no Circuito Olímpico;
· Campeão Pan-Americano;
· Técnico no Pré-olímpico e nos Jogos Olímpicos de 2008.

2008 à 2015:
· Primeiro e único técnico brasileiro a dar um curso de capacitação para técnicos no exterior, pelo programa do Comitê Olímpico Internacional.
· Coordenador de esportes da Secretária de Esportes de São Caetano do Sul, por dois anos;
· Autor do livro “Aprenda Taekwondo”, que teve a 1º edição esgotada;.
· Técnico e coordenador técnico das Equipes, UNIP, Juventus e NAR e na UNIVERSÍADE.


PERFIL PROFISSIONAL: NATÁLIA FALAVIGNA

· 3º lugar nos Jogos Olímpicos de Pequim (China-2008);
· 4º lugar nas Olimpíadas de Atenas (Grécia-2004);
· Participação nos Jogos Olímpicos de Londres (Londres-2012);
· Campeã da Universíade – Olimpíadas Universitárias (Sérvia-2009) ;
· 2º lugar dos Jogos Pan-americanos (Brasil-2007);
· Participação nos Jogos Pan-americanos (Guadalajara-2011);
· Campeã Mundial Adulto (Espanha-2005);
· Campeã Mundial Universitária (Espanha 2006) ;
· Campeã Mundial Júnior (Irlanda-2000);
· Bronze no Campeonato Mundial (Dinamarca-2009, China-2007, Coréia do Sul-2001);
· Melhor atleta do Brasil eleita pelo Comitê Olímpico Brasileiro (voto popular) no ano de 2005;
· Melhor atleta de taekwondo do Brasil eleita pelo Comitê Olímpico Brasileiro nos anos de 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2008, 2009;
· Única atleta do Brasil a liderar o ranking mundial da WTF (World Taekwondo Federation);
· Integrante do Hall of Fame do Taekwondo;
· Única atleta do taekwondo brasileiro campeã mundial júnior, adulto e universitária;
· Melhor atleta de universitária do Brasil eleita pela Confederação Brasileira de Desportos Universitários no ano de 2009;
· Melhor atleta do Brasil eleita pela Confederação Brasileira de Taekwondo nos anos de 2000 a 2009 e 2012;
· Invicta por 10 anos em competições nacionais.
 
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