Cariocão

Adriana Santos
Dois jogos e sentimentos diferentes,vamos começar por quem abriu as semifinais  no sábado,um jogo que poderia ser como outro qualquer...poderia.
Rasgou o roteiro da conveniência para entrar para a história e entrou.
De agora em diante para os historiadores do Futebol o dia 18 de abril de 2015  é o "Dia do jogo interminável",mas quem gostaria que ele acabasse ?
Os jogadores do Botafogo foram  os primeiros da fila a pedir o fim do sofrimento mas receberam um remedinho de efeito imediato :ser finalista.
Que os desentendimentos, regulamento pouco democrático  e atitudes amadoras se danem.
Botafogo e Fluminense  recuperaram  parte do  charme do Campeonato carioca neste jogo.
Um filme daqueles que revemos com prazer,não teve convocação do óbvio  a emoção escolheu só no final para sua dose maior a camisa do Botafogo.
Leiam o que o nosso Colunista Christovam Mendes escreveu emocionado :
Um jogo para eternidade
"Foi um daqueles momentos inesquecíveis , onde quem viu se sente agraciado por ter feito parte de algo especial .
Fluminense e Botafogo , mostraram o que é ter alma ; o que é jogar futebol .
 Esqueçam os erros , melhor , lembrem .
 Os erros fazem parte da vida , é o tempero que prova que não somos perfeitos , infalíveis .
 Mas quando nos entregamos fazendo o nosso melhor , nos superando , oserros São perdoaveis .
 Um jogo pra história , épico , lindo , um filme em nossa memória , que ainda diz que estão cobrando os pênaltis até hoje ...
 Pênaltis que serão cobrados pela eternidade , pênaltis eternizados na história do verdadeiro futebol ."

PS: Nosso Colunista é Flamenguista .
Voltando a conversa...
Placar nas alturas na hora dos pênaltis,quem viu ,ouviu e sentiu também viajou para este jogo que ninguém aceitava perder .
Um 2 a 1  que se transformou  em 9 a 8   terminando com goleiros confusos em chutar e segurar.
Diego Cavalieri errou o texto falado com os pés,Renan  deixou sua marca na calçada da fama .
Ponto final  no gramado e reticências na mente.
Do Estádio Nilton Santos para o Maracanã
O domingo foi de dúvidas no Maraca,interrogações  donas de lances nada claros  e mais uma vez um goleiro poderia ser decisivo,não foi .
Paulo Victor contra Gilberto que marcou de pênalti o gol  da vaga na final .
O pênalti existiu?
A interrogação que alimenta uma rivalidade,um territórrio,um status,uma tradição ou uma superioridade em forma de bola com gargantas ou línguas afiadas e dividida agora em decepção e satisfação.
Até as finais .

 

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