Oscar em ação.

     Crédito:Jonathan Bachman / Getty Images



Texto: Adriana Santos


Um dos fatos mais importantes da semana esportiva sem dúvida foi a homenagem da NBA ao "Mão Santa" Oscar Schimidt.

Um Atleta aposentado  e Rei das quadras enquanto esteve na ativa mas pelo visto nunca vai perder a majestade, continua craque com aquele C maiúsculo que também pertence à palavra  CESTA!

Craque com a cabeça, mãos e coração... um legítimo "manteiga derretida" que voltou ao seu território preferido para resgatar um pouco o que ficou de fora  da carreira em um tempo que escolheu a coletividade.

Atitude nobre de um exemplo a ser seguido.

O sempre selecionável recusou uma proposta que poucos recusariam ,o ano foi 1984  quando o Brooklyn Nets que na época chamava-se New Jersey Nets mas optou em vestir a camisa da Seleção Brasileira e quem disse que se arrependeu?

A sua permanência somou importantes resultados na história do Basquete Masculino brasileiro .

No mesmo ano da escolha foi Campeão do Pré-Olímpico das Américas e nono colocado nas Olimpíadas de Los Angeles/EUA, em 1986 o entrosamento sedimentado pelo talento foi escancarado no Mundial da Espanha ,em 1987 a consagração do Ouro no Pan de Indianápolis lembrando aos fãs dos Estados Unidos o que eles deixaram de ver bem de pertinho.

Com ele o Brasil passou perto do pódio nos Jogos Olímpicos de Seul em 1988 e em Barcelona 1992(Quinto lugar) e também não fez feio em Atlanta 1996 com uma sexta colocação.

Para o Basquete Americano Oscar foi um sonho de consumo sem data de validade.

Material humano de primeira linha ,até hoje mesmo tendo sua saúde em jogo suportou os mais difíceis adversários com a mesma garra que usava em quadra e o melhor de tudo: não desaprendeu a jogar basquete.


33 anos se passaram e as mãos certeiras permanecem, bastaram duas chances no Jogo das Estrelas para comprovar a tese que serve para meu pai(um aposentado da mecânica desde 1987) que pelo barulho do motor  do veículo fala sozinho e em voz alta o diagnóstico do problema .

Oscar arremessou pelo time do Leste contra a equipe do Oeste na sexta (17) não desperdiçando suas oportunidades.

Um catedrático e carismático, um vencedor até em um jogo pra matar nossa saudade e para muitos a vontade .

O sucesso nunca puxou o tapete do Atleta que desfilou sua competência no Hall da Fama, maior pontuador de todos os tempos (49.737) que se refletiu também em Jogos olímpicos(1.093) entre tantos outras façanhas com seu nome e sobrenome.

Um patriota que herdou do pai militar com ascendência alemã o compromisso com sua pátria, um brasileiríssimo que todos temos orgulho!


Valeu Oscar! E como valeu...

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