Capitão dos Capitães

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Fonte: Wikipedia
Por: Adriana Santos e  Christovam Mendes


Carlos Alberto Torres  após 72 anos bem vividos  onde a maioria foi dedicado ao Futebol Brasileiro  nos deixou ,entrando para o time da  eternidade.

Tudo que fez e representou dentro e fora de campo provocou  de surpresa um sentimento de perda no mundo da bola.

Tantas camisas... mas os nossos olhos cheios de lágrimas só visualizam uma quando temos que representar o Capitão de todos ou o Capitão dos Capitães.

1970,Copa do Mundo no México e o nosso ídolo definido pela maioria das pessoas que desfrutaram da sua amizade e companhia como um homem de personalidade forte  com ou sem a bola nos pés, taça na mão e  voz de comando em uma Seleção  que jogava por música.

E foi usando essa personalidade Campeã que conduziu sua brilhante carreira como Atleta ,Treinador e Comentarista.

Palavras e sorriso inconfundíveis ,marcas registradas que acompanharam um futebol simples e eficiente .

Homem de opinião que amava o que fez  e passou a fazer.




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Um gesto de um gentleman, símbolo do que deu certo .

Capitão tem dessas coisas.

E este romantismo com a taça transferiu para a fase de técnico e comentarista uma paternidade com todos o que cercavam e admiravam apesar que sabia "ser duro sem perder a ternura".

 Os estádios das nossas vidas nesta terça,25 de outubro  ficaram vazios .

Tudo lembrava aquele homem onde aquela aparência de durão escondia a simplicidade de quem batia bola com um menino de 11 anos e  que mais tarde todos o reconheceriam como Zico.

Este blog junta-se às torcidas órfãs da competência deste "paizão" e entre elas Flamengo, Fluminense, Corinthians, Botafogo e principalmente a mãe de todas: Seleção Brasileira.

O Futebol Mundial de luto por um Atleta,Líder e Senhor Comentarista que sempre lutava por importantes ideais.

Descanse em paz.


Profissão “Capita”

Somos privilegiados, tivemos o prazer em testemunhar a devoção de um homem pelo Futebol distribuindo por onde passava uma generosidade como filosofia de vida que não servia apenas para apagar incêndios, primordialmente preenchê-los com vitórias e amor.

Amor de Capitão...Carlos Alberto Torres ,o nosso Capita, fez parte de projetos repletos dotados de consciência plena .
De Norte a Sul colheu resultados transformadores para os clubes que confiaram em seu suor.

Dizem por aí que só os meias e atacantes conseguem ser geniais, mas como jogador da defesa  destacava-se pela qualidade técnica por saber ir além da função de lateral direito ou de mais um com o mesmo uniforme.
O resultado foi explosivo, vimos passes notados e notáveis.

Eram "meio gol "mas em uma ocasião pra lá de especial o  gol completo .
Visto e revisto  centenas de vezes desde que ele se foi ,aquele gol da Copa do Mundo de 1970 é o porta voz de uma habilidade que era uma braçadeira dourada embaixo da braçadeira de capitão.
No Futebol Carioca apenas o Vasco não o teve como soldado, defensor do futebol bem jogado.

Pelo Futebol Paulista brilhou em dois clubes e em fases diferentes da carreira: no Santos desfilou sua categoria dentro do gramado ,a  fase de ouro com craques em profusão tranformando a Vila Belmiro  em um campo iluminado e com direito a Cardápio variado :do Estadual passando por Libertadores a Mundial de Clubes.
E o mais impressionante, quanto mais se agigantava a tônica do sucesso não alterava : simplicidade inabalável de sempre .

O salto alto foi incompetente não servindo em seus pés quando atuava ao lado de Pelé ... prova que seu caráter era blindado pela boa educação.
Enquanto isso seu Know -How atravessava fronteiras .
Jogando pelo New York Cosmos onde continuou timidamente vivendo como um ídolo pé no chão aumentou a fama de Profissão "Capita"
Abrindo aspas para sua carreira de técnico começou acrescentando mais uma estrela com um título, em 1983  o Flamengo foi Campeão Brasileiro .
 
Passou pelo Nordeste comandando o Náutico.
 
Depois Monterrey ,Tijuana e Querétaro do México.
 
Aventureiro do Futebol, aceitou o desafio de treinar o Union Magdalena da Colômbia.
 
Ganhou honrarias quando treinou as Seleções de Omã e Azerbaijão.
 
O Paysandu também pode exibir com orgulho as provas que ele esteve por Belém do Pará comandando o clube.

Com as palavras podia ser considerado austero ,sábio ,indo direto ao ponto.


"Salve a Seleção...Salve o Capitão"

Peço licença ao autor da Música que se tornou o novo hino do Brasil de chuteiras.
 
Pra Frente Brasil, de Miguel Gustavo, ao ser ouvida recria na mente as imagens do TRI  de 70 e de lá pra cá nos tornamos exigentes demais com quem vestisse a Camisa 'Amarelinha'.
 
Então Salve o Capitão, que institucionalizou esta profissão dentro das quatro linhas.

Uma profissão tão digna e com pré-requisitos tão bem representados por Carlos Alberto Torres.

 

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