Para o quase sempre camisa 1,o destino é 8 ou 80

26 de abril, dia do goleiro, um privilégio ou um carinho mais que merecido para os "loucos" que escolhem  ou são escolhidos para atuarem nesta ingrata posição do futebol?

Por: Adriana Santos

Com certeza deve passar um filme na cabeça de cada um que veste a camisa 1 (tradicionalmente falando).Não importa o número nas costas,o peso de uma falha será consequência imediata em toneladas de cobranças,problemas e ofensas tão intensas que para defender a auto-estima precisa realmente de uma parede intransponível.

Até parece ficção,mas na verdade cada jogo provoca julgamentos, ações e reações bem reais  sendo fundamental aos corajosos que se aventuram em viver um roteiro criado,adaptado e incerto uma preparação também para encarar dos elogios, críticas,rótulos, responsabilidades e a difícil arte em liderar .

Tudo isso faz parte de um pacote muito caro.vip ou às avessas vai depender da sorte,da competência ou até mesmo do emocional .

Mas e a consagração? O lado glorioso que todos desejam curtir.A grande defesa é um sonho de consumo que agrega ao conceito de ídolo,  e de repente aquele que foi vaiado na escalação transforma-se em herói e dependendo da devoção à santo."São Marcos",o padroeiro da torcida palmeirense,que o diga.

Para o goleiro, o acaso pode ser logo ali no tiro de meta,qualquer vacilo pode ser fatal e a paz pode escapar entre os dedos,os mesmos que salvam milagrosamente.Entre altos e baixos,esta é a rotina deles sempre entre a fama e a guilhotina;os mimos e o esquecimento.Barbosa não defendeu e por isso não teve direito a defesa,"todos tem goleiros mas só os são-paulinos tem Rogério Ceni" ,destino 8 ou 80,caça e caçador deste profissional.

Alguns quebram as evidências e recriam incorporando características dos companheiros  transformando-se  por exemplo em artilheiros passando a oferecer um 'algo a mais' na venda do seu produto que a cada 90 minutos pode se deixar vencer ou ficar convencido.

E por isso atenção com os pés, mãos,desviando com o olhar e com o pensamento(dizem as lendas)  e em algumas vezes com a preciosa ajudinha da trave tudo vale para evitar os gols e o encontro com o destino que determinadas vezes reserva o gol contra.

Entram em campo as superstições e cada 1 tem a sua, por mais que vista a camisa 12 ou qualquer outro número.Quem sabe não é um sinal que tudo vai dar certo?Neste caso é bem- vindo o valioso reforço da numerologia para ter sucesso na controversa, turbulenta e dependendo de cada 1 gratificante carreira.




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Neste blog os seguidores do twitter @blogesportiva  são sócios e com direito a um espaço todo especial para quem leva a vida na esportiva.

Relatos e entrevistas,foi assim com o Preparador de Goleiros Valdir Bardi o @bardicoach  e depois  a Nutricionista Esportiva Fernanda Tirone @FernandaTirone  .

A bola da vez é Anderson Garcia Miguel o @AndersonAGM e como diz a música do Skank "Quem não sonhou em ser um jogador de futebol? "

Lembra do diário de papel? O boleiro Anderson não recusou o convite e resolveu contar suas tentativas no mundo da bola, o blog torce por ele.Leia e torça também.
"Olá! Sou o Anderson e vim contar a minha vida na esportiva

Bom desde criança praticava esportes,andava de roller,skate e jogava futebol que ainda não era muito importante para mim
         
Com 8 anos de idade,estava na rua conversando com meus amigos quando fui chamado por eles para treinar futebol na escolinha que ficava perto de casa em Altinópolis/SP.Gostei da idéia e no outro dia meu pai já me levou para o treino.

Minha primeira chuteira ganhei do meu tio e ela ficou tão grande em meu pé que parecia um sapato de palhaço,não reclamei e fui treinar.Chegando lá o treinador era o Xexéu que conversou comigo e com meu pai.

Não tinha posição para jogar porque não sabia qual era a minha posição.então fui colocado de atacante e gostei muito de jogar assim e a partir daquele dia,o futebol era o esporte mais importante da minha vida.Alguns meses depois meu pai me deu uma chuteira nova,era dourada,amei aquela chuteira.

O treinador falava  ao meu pai da minha evolução e quando tinha dez anos de idade e muitos treinos,aconteceu um campeonato em minha cidade com a participação de mais ou menos 23 times de lugares diferentes.

As categorias que iriam jogar o campeonato eram 93 e 94,e eu 95.O professor resolveu me convocar e fui o único da minha idade naquele time.É claro que no primeiro jogo fiquei na reserva mas não me importei muito com isso,eram os mais velhos que estavam jogado.

No primeiro tempo,um jogador do nosso time machucou e no meio de tantos entrei no lugar dele.Aquele jogo foi o mais importante da minha vida,porque um olheiro do São Paulo estava assistindo ao jogo e justo naquele fiz gol,sofri pênalti e levantei a torcida com um detalhe,nem sabia que o olheiro estava lá.

No final do jogo, todos vieram me cumprimentar pela bela partida.O olheiro deixou um cartão dele,era Toninho Natal,atual técnico do sub-14 do São Paulo.Ele disse a meu pai que era para fazer um teste no clube me deixando muito feliz.

Marcaram a data e meu pai me levou,a apresentação era no portão 7 do estádio do Morumbi.Eu já fiquei emocionado em ver o estádio por fora e por dentro então,é uma beleza.

Fomos recepcionados por um homem na porta que conversou com meu pai e depois me levou para dentro do estádio para conhecer e depois ir para o alojamento.

Pai,mãe,tia e irmão  ficaram um pouco comigo e depois voltaram para casa.Fiquei lá firme e forte por uma semana em teste.Foram 7 dias de treinos intensos e não estava acostumado,pois em minha cidade os treinamentos eram apenas às terças e quintas.

A gente pegava um ônibus no Morumbi até o CT de Cotia,treinávamos lá a semana inteira.Quando acabaram os testes meu pai foi me buscar,de volta para casa!

Alguns dias depois,o Sr.Geraldo que era diretor ligou informando que havia passado no teste e assim fiquei 3 anos indo e vindo e no último teste não passei,fiquei muito triste.Mas Deus estava comigo e se não foi feita a minha vontade foi feita a vontade dele,nunca iria desistir dos meus sonhos.

Com 14 anos fui fazer um teste nos Meninos da Vila em Santos,era uma parceria com o Santos F.C.Arrebentei no jogo,fiz vários gols e inclusive um de falta.No final do teste,o técnico Alexandre anunciou que eu havia passado,fiquei treinando uma semana com o grupo para disputar uma Copa em Itú/SP.

A Copa foi muito legal,tenho boas recordações de lá,saímos campeões da Copinha e voltei para minha casa e nunca mais voltei ao Santos porque precisava de uma casa para morar e minha mãe não tinha como pagar um apartamento.

No meio do ano passado,fiz um teste no Batatais com o Jadson ,não tinha muita gente naquele dia  pois chovia .Consegui passar no teste e meu pai ficou sabendo que teria que ir para o Rio Grande do Sul.

Fiquei muito feliz, fui para Bagé em outubro,e vi que não era aquilo que haviam dito.Conheci o Carlos,o treinador,tive alguns problemas e resolvi sair.

Recebi o convite do Carlos para jogar no time dele e no dia 4 de janeiro deste ano,estava o aeroporto fui levado para o Paineira,um time de Canoas/RS e fiquei treinando 2 semanas para a Copa disputada em Três Coroas,não ganhamos nada e fomos eliminados na primeira fase.

Carlos me trouxe para Três Coroas minha equipe chama-se Mundo Novo.Estou aqui treinando e jogando,é difícil por não ter empresário para me bancar ou me colocar em um time maior.

Mas vou levando a vida,porque Deus tem algo grande para mim.´Nunca deixando de estudar,a escola é essencial para um jogador ajudando nos reflexos e em lances para pensar rápido.
Kaká é meu ídolo pelo o que ele faz dentro de campo e fora dele.

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